segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ovogênese

Nos ovários, encontram-se agrupamentos celulares chamados folículos ovarianos de Graff, onde estão as células germinativas, que originam os gametas, e as células foliculares, responsáveis pela manutenção das células germinativas e pela produção dos hormônios sexuais femininos.

Os ovários alternam-se na maturação dos seus folículos, ou seja, a cada ciclo a liberação de um óvulo, ou ovulação, acontece em um dos dois ovários.




A ovogênese é dividida em três etapas:
Fase de multiplicação ou de proliferação: É uma fase de mitoses consecutivas, quando as células germinativas aumentam em quantidade e originam ovogônias. Nos fetos femininos humanos, a fase proliferativa termina por volta do final do primeiro trimestre da gestação. Portanto, quando uma menina nasce, já possui em seus ovários cerca de 400 000 folículos de Graff. É uma quantidade limitada, ao contrário dos homens, que produzem espermatogônias durante quase toda a vida.

Fase de crescimento: Logo que são formadas, as ovogônias iniciam a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I. Passam, então, por um notável crescimento, com aumento do citoplasma e grande acumulação de substâncias nutritivas. Esse depósito citoplasmático de nutrientes chama-se vitelo, e é responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento.

Terminada a fase de crescimento, as ovogônias transformam-se em ovócitos primários (ovócitos de primeira ordem ou ovócitos I).

Fase de maturação:Dos 400 000 ovócitos primários, apenas 350 ou 400 completarão sua transformação em gametas maduros, dependendo da espécie pode chegar até mais ovócitos completos. A fase de maturação inicia-se quando o animal alcança a maturidade sexual.

Quando o ovócito primário completa a primeira divisão da meiose, interrompida na prófase I, origina duas células. Uma delas não recebe citoplasma e desintegra-se a seguir, na maioria das vezes sem iniciar a segunda divisão da meiose. É o primeiro corpúsculo (ou glóbulo) polar.

A outra célula, grande e rica em vitelo, é o ovócito secundário (ovócito de segunda ordem ou ovócito II). Ao sofrer, a segunda divisão da meiose, origina o segundo corpúsculo polar, que também morre em pouco tempo, e o óvulo, gameta feminino, célula volumosa e cheia de vitelo.

Na gametogênese feminina, a divisão meiótica é desigual porque não reparte igualmente o citoplasma entre as células-filhas. Isso permite que o óvulo formado seja bastante rico em substâncias nutritivas.

Na maioria das fêmeas de mamíferos, a segunda divisão da meiose só acontece caso o gameta seja fecundado. Curiosamente, o verdadeiro gameta dessas fêmeas é o ovócito II, pois é ele que se funde com o espermatozóide.

Folículogênese


FOLÍCULO PRIMORDIAL:

Possui  uma camada de células epiteliais achatadas em torno do oócito.
Todas as fêmeas já nascem com todos os folículos primordiais.
Esse folículo não secreta hormônios nem responde aos hormônios da reprodução. 
Para que ocorra o desenvolvimento desses folículos é necessária a ação de fatores de crescimento, em especial o IGF - Fator de crescimento similar a insulina. (insulina like)
Ele faz com que ocorra a proliferação da monocamada de células e passe a ser um folículo primário.

FOLÍCULO PRIMÁRIO:
Possui mais de uma camada de células e essa não são mais achatadas, são cubóides.
Não produz hormônios esteróides.
Passa a responder às gonadotrofinas. Na presença de FSH o folículo primário se desenvolve e passa a folículo secundário.

FOLÍCULO SECUNDÁRIO:

Proliferação das camadas celulares e diferenciação em dois tipos celulares:
Células grandes e alongadas (cél. da teca)
Células pequenas e cubóides (cél. da granulosa)
As células da granulosa produzem a zona pelúcida que é formada por três tipos de proteínas PZP1; PZP2 e PZP3 (casca do óvulo), essa camada protege contra a penetração de espermatozóides intra-específica. É responsável pelo bloqueio da poliespermia. Após a entrada de um espermatozóide a zona pelúcida se modifica (muda de polaridade) e impede a penetração de outros espermatozóides.
FSH - estimula a produção de hormônios esteróides - estradiol
A secreção de fluído rico em estradiol vai se acumulando entre as células formando antros (buracos), formando o folículo em crescimento.

FOLÍCULO EM CRESCIMENTO:

Crescimento folículo, acúmulo de líquido entre as camadas celulares e formação de vários antros. Quando a quantidade de líquido é muito grande irá formar uma grande cavidade, união de vários antros formando o folículo de Graff.

FOLÍCULO DE GRAFF:  

Acontece a formação de uma membrana basal entre a camada granulosa e a da teca.
Ocorre a formação do " cumulus oóphoros" que é um pedúnculo de células que mantém o oócito projetado no interior do folículo. A camada de células que fica ao redor do oócito é chamada de "corona radiata" .
O folículo de graff deixa de ser dependente de FSH e passa a responder ao LH.
Somente os folículos antrais são capazes de ovular. Em bovinos devem ter mais de 8 mm.

PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS NO FOLÍCULO

ESTRADIOL

As células da teca produzem andrógenos, esses passam pela membrana basal e na camada da granulosa esses andrógenos são transformados pela ação da aromatase em estradiol.
O estradiol será responsável pela indução dos sinais de cio e desenvolvimento da glândula mamária.

INIBINA

Quanto maior for o folículo, maior a quantidade de inibina produzida 
A inibina possui 
ação parácrina - inibindo o desenvolvimento dos folículos vizinhos.
ação endócrina - impede a liberação de FSH pela hipófise

FOLISTATINA

Parece que impede o desenvolvimento dos folículos adjacentes

ATIViNA

Ação autócrina - estimula as células que a produziram a se dividir
Quem controla tudo isso é o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano

Espermatogênese

A formação do espermatozóide é chamada de espermatogênese. O exterior de cada tubo seminífero é envolvido por tecido conjuntivo e, imediatamente em seu interior, existe grande número de células, chamadas espermatogônias. Essas células também são chamadas de células germinais masculinas, por ser delas que derivam todos os espermatozóides.





A espermatogênese pode ser dividida em três fases:

Fase de Multiplicação: Ocorre quando as espermatogônias diplóides se dividem por mitoses sucessivas. A primeira divisão mitótica origina duas outras espermatogônias igualmente diplóides, sendo que uma delas irá substituir a espermatogônia que iniciou o processo, garantindo assim a continuidade desta fase, durante toda a vida do indivíduo. A outra espermatogônia seguirá as transformações para tornar-se espermatozóide.

Fase de Crescimento Celular: Inicia-se sob estímulo dos hormônios gonadotróficos. As espermatogônias de localização mais profunda nos túbulos seminíferos passam a aumentar de volume, nutridas pelas células de Sertoli, caracterizando um curto período de crescimento. Nesta fase, não ocorrem divisões celulares. As espermatogônias passam então a ser denominadas de espermatócitos primários ou de primeira ordem. Estas células ainda mantêm a mesma carga cromossômica das espermatogônias, ou seja, continuam diplóides.

Fase da Maturação: Nesta fase, o espermatócito primário sofrerá uma divisão meiótica reducional (meiose I), originando dois espermatócitos secundários ou de segunda ordem. Estas células já são haplóides, pois possuem a metade do número de cromossomos dos espermatócitos primários. Na seqüência, os espermatócitos secundários sofrerão meiose equacional (meiose II), originando quatro espermátides igualmente haplóides.
 As espermátides haplóides não realizam mais divisões e sofrerão algumas modificações morfológicas e estruturais, denominadas espermiogênese, originando finalmente os espermatozóides. Portanto, cada espermatócito primário diplóide que participa da espermatogênese origina, ao final do processo, quatro espermatozóides haplóides.